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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Quando se ama...


Hoje é aniversário de uma pessoa muito especial para mim.

Desde que a conheci, sabia que ela era alguém cuja amizade valia ser preservada e zelada. Em algum momento da vida e´normal se perguntar "como se sabe quando alguém é nosso amigo"?
Eu mesmo já me fiz essa pergunta várias vezes durante minha vida.
Agora, com 35 anos, percebo que a resposta é aquela mesma que edtestamos ouvir da boca de nossos pais:
"Só o tempo e´que dirá"!
"Saco pai! Saco mãe! Sempre essse papo de tempo!"
Essa é a resposta que sempre damos para eles.
Mas não é o tempo, e sempre ele, que mostra a verdade, os acertos, os erros. Cabe sermos pacientes.
Mas o dia de hoje é especial. Mostra como uma amizade é formada. E como amigos são.
Minha amiga que anos mais tarde se tornou minha companheira.

Te amo como amiga e como esposa.

Com defeitos e virtudes (quem não os tem?)

E assim como a amizade, o amor que tenho por você é alimentado pelo tempo.

E que venham mais 10 anos!
Ao seu lado pareceram nada mais que um belo dia de sol. Leve e fresco como um belo dia de sol.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Diário de bordo: China

Existem certos tipos de destino onde simplesmente dizer que se foi não é o bastante.
Merecem uma revisão detalhada até para que não caiam no esquecimento. Recordar é viver.
No dia 24 de abril de 2012, saí de Curitiba rumo à China. Xi'an mais especificamente. Vou relatar os momentos dessa viagem, que para mim não foram meros acontecimentos. Cada segundo foi uma aula de sobrevivência.
Não entrarei no aspecto profissional da viagem, além dos motivos que me levaram a ir tão longe.
O foco aqui é a experiência de vida e a lição que cada fato simples do dia pode nos dar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sarah Vaughan – At Mister Kelly’s


O locutor que inicia o disco tem sua fala direcionada aos presentes, comunicando e instruindo-os sobre o que acontecerá a seguir. O mesmo diz a todos que a apresentação da noite será gravada e que todos se sintam à vontade e ajam de maneira natural.

Sarah Vaughan então inicia nossa jornada com “September in the rain” acompanhada por seu trio, extremamente competente, diga-se de passagem. O lugar: Mister Kelly’s.

Mister Kelly’s foi, durante 1957 e 1975, um nightclub famoso em decorrência dos nomes da música que lá se apresentaram, entre eles, B.B. Kiing, Sammy Davis Jr., Billie Holiday, Frank Sinatra entre outros grandes ícones.
Sarah Vaughan e sua voz melodiosa, por vezes até frágil, dá o tom aconchegante da noite.

Várias faixas podem ser citadas como excelentes. “I'm Gonna Sit Right Down And Write Myself A Letter”, September in the rain”, “Just one of this things”, para citar algumas.

Mas a jóia da coroa, na minha opinião, se encontra na segunda faixa, “Willow weep for me”. Antes de dizer o porquê de tal preciosidade, uma informação é necessária. Apesar do locutor avisar a plateia que o show contará com as letras das músicas auxiliando a cantora, Sarah improvisa muito!!!!

Aos 4 minutos de “Willow weep for me”, Sarah esbarra em algo que acaba divertindo a plateia e provocando risadas. A morte declarada para muitos artistas de menor quilate que Sarah Vaughan. Em um momento de extrema presença de espírito, ela usa o acidente como escada para adaptar parte da letra, provocando mais risadas e, enfim, aplausos da plateia, já totalmente entregue à Sarah.
Em resumo, cada faixa trás algo digno de nota.

Mais um de jazz, eu sei. Pode estar se tornando meio maçante, mas estamos ainda nos anos 50. Espere até entrarmos nos anos 60.

Veredito final: mais um de jazz, mas um de Sarah Vaughan. Então, não pode ser comparado aos anteriores. Clássico por sua interpretação e por todos os “presentes” que trás a quem pretende ouvi-lo.
Próxima vítima: Ella Fitzgerald – Sings the Gershiwn song book. Muito divertído e muito longo. 194 minutos na carreta!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Jack Elliot - Ramblin Jack Elliot takes the floor

Nessa breve caminhada pelos 1001 Discos, esse é a segunda feliz surpresa entre os que até agora escutei. Não achem, no entanto, que os outros até então tenham sido ruins. Muito pelo contrário! Mas é que não haviam me surpreendido da forma como esse dois me surpreenderam.

Um deles foi “The wildest!” de Louis Prima e o outro é esse: “Takes the floor” do fantástico “Ramblin’” Jack Elliott.
Assim que você baixa a agulha no vinil (quem me dera! Eu só cliquei no play!) as particularidades deste disco são perceptíveis.



Assim que terminei de ouvir todo o disco, fiz uma pesquisa básica cruzando o nome de Eliiott com o nome de diversos outros artistas, tais como Lou Reed, Bruce Springstein, Johnny Cash e todas essas pesquisas retornaram os mesmos resultados. Todos apresentavam ligação entre si.

“Ramblin’” Jack Elliott foi reconhecido, em 1998, como um tesouro americano pelo Presidente Bill Clinton, pela sua influência na música norte-americana. Foi Jack a ponte entre Woody Gutherie e vários outros folk singers, entre todos os grandes já citados um merece menção especial: Robert Allen Zimmerman, vulgo Bob Dylan.
Podem me apedrejar. Não sou um fã de Dylan. Assim como não gosto de Raul Seixas. Eu sei que nessas duas frases acabei de fazer vários inimigos, mas tudo bem. J

Mesmo não apreciando toda obra de Dylan, é inegável que sua maestria na composição de canções tem muita semelhança com a de Jack Elliott.

Jack takes the floor é um disco com muita improvisação, isso se não tiver sido totalmente improvisado. Basta ouvir algumas faixas pra se ter certeza disso. Muitas canções faladas, quase todas sendo iniciadas com uma breve história sobre o que será cantado.

É fácil perceber quando Jack começa a “enrolar” e criar sequências na música que não tinham porque estar lá. Claro, tudo isso trás um charme todo especial da época onde a música não precisava ser estéril de tão cristalina e com os acordes no tempo certo e vozes sempre “afinadas”.

Um exemplo é “Old Blue”, uma canção sobre um cachorro. Tem até um latidinho no fundo da música a certa altura.

06 Old Blue by rafaelramires

Em resumo, o disco inteiro merece ser ouvido porque ele é puro e honesto, acompanhado somente por violão e alguma harmônica, de vez em quando, fazendo com que o som pareça ter sido tocado em uma roda de amigos.
Jack não precisar provar nada para ninguém. Já tinha a notoriedade suficiente para fazer um disco como esse. Um disco extremamente autêntico. Obrigatório de ser escutado.

Será que até chegar a vez de Dylan eu vou mudar de opinião?

Veredito final: música de verdade, tocada e cantada de verdade.

Próxima vítima: Sarah Vaughan – Live at Mr Kelly’s. E por falar em improvisação...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Billie Holiday - Lady in satin

Ao iniciar a caminhada dos 1001 passos, eu já sabia de antemão que vários me surpreenderiam de maneira agradável, assim como alguns desses passos seriam torturantes.
Deparo-me com o primeiro desses aflitivos passos.
Em “Lady in satin”, Billie Holiday ,apesar de estar com 40 e poucos anos, sua voz soa como a de uma sexagenária. Todo o brilho das antigas interpretações se esvaiu no vício da heroína. Não que Billie tivesse uma voz potente ao estilo Ella Fitzgerald ou Aretha Franklin, mas era, sem dúvida, dotada de mais melodia que nos registros de “Lady in satin”.



A interpretação de Billie nos faz crer que ela carregava pedras enquanto cantava dado esforço físico que chaga a ser visível só de ouvi-la.

Esse foi visto como o ocaso da grande estrela do jazz nos anos 30 e 40.

Um registro de uma interpretação cheia de emoção, assim como ouvir Janis Joplin se esguelhar, faz bem aos ouvidos e ao coração.

Nesse caso em especial, dá até vontade de chorar em certas partes. Eu aguentei e perseverei até o último verso da última faixa em nome da minha empreitada. Mas digo do fundo do meu coração que foi difícil. Muito difícil.

Em resumo: um disco para poucos. Comparável a ficar ajoelhado no milho. Duranteo castigo, cada minuto parece durar uma eternidade. Depois que você levanta, ficam as marcas. E você se lembra de cada grão no qual ficou em cima. “Lady in satin” é assim.

Veredito final: poucos artistas teriam os culhões da fazer o que Billie fez. Só por isso, é um disco digno de figurar entre os 1001. Mesmo sendo um dos quais você certamente ouvirá uma vez apenas.

Próxima vitima: Jack Elliott – Jack takes the floor. Uma pérola! Mais um disco que me fez adorar ter começado a ouvir os 1001.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Tito Puente – Dance Mania

Você pode não conhecer nenhuma das composições deste álbum (assim como eu), mas é difícil não acabar ouvindo mais vezes o álbum novamente depois de ouvi-lo a primeira vez. Isso porque existe uma mágica nas melodias e ritmos criados por Puente nesse seu disco que foi o mais vendido de todos os seus outros trabalhos.



“El cayuco” serve de entrada para um banquete sonoro, bem apimentado, bem latino!

Algumas das faixas são acompanhadas pelos melodiosos vocais de Santitos Colón. Com sua voz inconfundível, acrescenta profundidade e emoção na medida certa. Nascido em Porto Rico, foi interprete de várias canções latinas e versões em espanhol para Standards norte-americanos. “Estoy siempre junto a ti” é a clássica dois-pra-lá-dois-pra-cá obrigatória em qualquer desmanche ou baile da terceira idade. Digo isso, mas adoraria dançar essa de rosto colado ao de minha esposa, mas como tenho dois pés esquerdos...

Por falar em dançar, “Hong Kong mambo” é uma das mais divertidas. A marimba (o instrumento que mais se sobressai na música) faz um solo inspiradíssimo e muito cheio de vida. Se eu soubesse dançar, com certeza puxaria a patroa pela cintura e deslizaria pelo tapete da sala ao som desta pérola.

Fechando o set de músicas do disco das quais estou comentando duas são interessantes tanto pelos seus ritmos quanto pelos seus títulos. “3-D mambo” me deu um trabalhão imaginando algo 3-D que combinasse com a música. Aceito sugestões. A outra foi “Agua limpia todo”. Talvez uma forma espanhola de dizer “lavou tá novo”?

Em resumo: divertidíssima coletânea de canções alegres, cheias de cor e ritmos que fez meu dançarino interior bailar. Pena que seja só o interior!

Veredito final: Realmente um exemplar digno de se ouvir antes de morrer.

Próxima vitima: Billie Holiday – Lady in satin. Tive que aumentar minha dose de antidepressivos depois desse.

FELIZ ANIVERSÁRIO!!!

FELIZ ANIVERSÁRIO!!!

Hoje, dia 13 de julho, é comemorado o dia mundial do rock. Neste mesmo dia, no ano de 1985, foi ao ar o Live Aid, um mega show com a presença de vários artistas do mundo da música em favor das vítimas da miséria na África.

Viva o rock!

Let there be rock!